sexta-feira, 30 de março de 2012

O triste passado ainda presente.

A sua maturidade se chocou com a porta;
logo ela que havia sido tão exaltada.
Não suportando as adversidades da vida,
preferiu abrir do que sofrer uma ferida.
Se valendo do tempo e de suas conclusões,
como robô; começou a se pragmatizar.
Enxergava não mais que uma légua e
decidiu que longo, o prazo não poderia ser.
Hoje corre pelos campos floridos do seu quintal,
com sorrisos largos e olhos profundos;
mas sempre olha pra trás,
como quem soubesse que esquecera algo.



quarta-feira, 28 de março de 2012

Encruzilhada humana

Um homem na estrada
se depara com seu destino.
E os ventos que por ele passam,
apontam tantas direções.

O barulho mais singelo,
de um graveto se partindo,
em meio a tantas informações,
altera completamente os conceitos.

E agora se caminha com os ouvidos.
Os olhos se confundem nos caminhos cruzados.
Uma trilha porosa se constrói,
juntando sentidos e intuição.

O homem na estrada
se depara com o passado...

Tantas curvas nos caminhos,
que em círculos fantasiosos se ilude.
Brincando de achar antigas idéias,
não se sai do lugar.

O homem perdido na estrada,
se depara com a dúvida...
O homem sozinho na estrada,
é um dependente semi-incapaz.

sábado, 17 de março de 2012

Seguindo perdido nos novos caminhos.

À margem dos interesses atuais,
uma parcela de pessoas antenadas,
se sente perdida frente ao estouro
das novas burras modas.

Preferir preto e branco a tantas cores;
gostar de conteúdo além de apenas harmonia;
venerar músicos e não animadores de multidão;
mas que mal haveria?

Os avanços modernos se confundiram,
tornando sinônimo novo e fútil,
cegando de tal forma que
não haveria mais sentido pensar.

E nadando contra essas tendências,
estava eu e tantos outros.
Não cederíamos às pressões supérfluas e
lisas como hoje em dia os homens devem ser.

sábado, 10 de março de 2012

Fácil é assistir.

Tudo mudou, depois que fiz aquela escolha.
Descontruí sonhos alegres e alimentei minha ousadia.
Virei plebeu em terras ricas e
não sentava mais sobre as colunas do templo.

Um reino se abandonou. Você já fugiu do seu reino?

E mais difícil do que abdicar das regalias,
era prosseguir por dentre a neblina que encobria o futuro.

Você já atirou no escuro?


Assim é feita a vida.
Se as escolhas fossem fáceis, simples,
não haveria a variabilidade da vida,
do ser, do construir, do ter !


quinta-feira, 8 de março de 2012

Convite Lunar

Viu a lua que está no céu?
Ela olha pra mim e sorri como você.
Se destacando por dentre as estrelas,
mas, ao mesmo tempo, tão solitária.
Me parece tão distante...

Confesso que em meus sonhos ela já esteve,
tão linda e empolgante quanto hoje se apresenta.
E por dentre essas noites frias, eu tento alcança-la.
Ainda que por tantas vezes me pareça indiferente
quanto as viagens que pretendo com ela fazer.

E por dentre os vales das dúvidas,
te chamo pra rir comigo.
E com a espontaneidade que lhe é peculiar,
dance com minha música e deixe o resto pra lá.

Eu procuro te fazer protagonista, mas antes,
quebre seus preconceitos e me mostre interesse.

terça-feira, 6 de março de 2012

Vida de andarilho

Andarilho da vida, assim se vaga entre tantas pessoas.
Cada momento de certeza é tão forte quanto as palavras,
ao vento, que tantos não cansam de falar e nada dizer.
E essa vida circense, que me faz camuflar meus desprazeres;
que me atira por dentre os tigres e me ensina a doma-los;
supera-los; contorna-los, como preferir.
Na cidade lotada de corpos, se acha pessoas à dedo.
Ou melhor, com os tombos.
E nelas, com elas, se constrõem planos.
De estudo, uns de irmandade, já outros...
Ainda nessa reticências, eu vou jogando com o que sua feição me mostra.
Mesmo sem perceber, se afasta do seu casulo e,
abrindo a mente, mostrando os dentes, semeia suas próprias dúvidas.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Contradições cariocas

Hoje é um dos aniversários do Rio,
que de tão importante e querido,
se felicita duas vezes no ano.
Ainda que não seja o meu Rio; o Rio de muitos.

Saldamos todo dia a beleza das praias,
o verde que enfeita as ruas e
o sorriso acolhedor em cada esquina.
Mas nesse mar que nos banha, nem tudo é um mar de rosas...

A felicidade de ser carioca é castigada,
dia a dia,
a cada dia de trabalho que bate no descaso,
das cabeças não pensantes que ditam regras.

E nos meus sonhos eu desejei,
que a beleza maravilhosa fosse correspondida
por medidas imaginárias que deixassem de sucumbir
o orgulho de ser carioca.

Querer é poder? Nós queremos, eles podem!