sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Perdido no escuro contemporâneo

Desde quando as primeiras dúvidas se formaram,
colocando sob o fogo todos aqueles antigos laços
que despencavam como traços não paralelos de um retângulo.
E desde daquele verão que nada esquentava; daquela primavera
que germinava as mesmas flores; que não serviam mais
da beleza contida na cesta dos meus olhos....
Bipolares como o sol e o mar. Inconstante como a brisa.
Mas para onde eu deveria fugir nessa casa sem rastro;
de pernas pro ar; sem entrada nem saída?
Estátuas de areia que não duram mais que dez minutos cada;
como um viajante que aterriza em vários lugares, mas não descobre nenhum.
Em algum lugar nos meus neurônios formulo as rotas a seguir;
sem deixar cair a razão que sustenta a minha fala.
A minha briga de interpretações, como a teoria e a prática,
se acerra cada vez que as horas passam e não somam nada;
só poeira.


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