Se bastar é ser e sempre ser.
É querer os demais sem ser refém.
É olhar a noite e dela tirar um sorriso.
É sentir aconchego quando à margem está.
É querer e não precisar de...
Se bastar é ver o quê ainda falta mas não se desesperar.
É aconselhar quando ainda necessita experimentar.
É sorrir ainda que não os concebam sorrisos.
É não transparecer à primeira vista.
É pôr razão á frente do coração.
Se bastar é se auto aceitar.
É aprender a viver bem com o quê tem.
É acalmar os impulsos mas não os calar.
É saber expressar até a hora acreditada.
É ser plebeu em terras ricas.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Perdido no escuro contemporâneo
Desde quando as primeiras dúvidas se formaram,
colocando sob o fogo todos aqueles antigos laços
que despencavam como traços não paralelos de um retângulo.
E desde daquele verão que nada esquentava; daquela primavera
que germinava as mesmas flores; que não serviam mais
da beleza contida na cesta dos meus olhos....
Bipolares como o sol e o mar. Inconstante como a brisa.
Mas para onde eu deveria fugir nessa casa sem rastro;
de pernas pro ar; sem entrada nem saída?
Estátuas de areia que não duram mais que dez minutos cada;
como um viajante que aterriza em vários lugares, mas não descobre nenhum.
Em algum lugar nos meus neurônios formulo as rotas a seguir;
sem deixar cair a razão que sustenta a minha fala.
A minha briga de interpretações, como a teoria e a prática,
se acerra cada vez que as horas passam e não somam nada;
só poeira.
colocando sob o fogo todos aqueles antigos laços
que despencavam como traços não paralelos de um retângulo.
E desde daquele verão que nada esquentava; daquela primavera
que germinava as mesmas flores; que não serviam mais
da beleza contida na cesta dos meus olhos....
Bipolares como o sol e o mar. Inconstante como a brisa.
Mas para onde eu deveria fugir nessa casa sem rastro;
de pernas pro ar; sem entrada nem saída?
Estátuas de areia que não duram mais que dez minutos cada;
como um viajante que aterriza em vários lugares, mas não descobre nenhum.
Em algum lugar nos meus neurônios formulo as rotas a seguir;
sem deixar cair a razão que sustenta a minha fala.
A minha briga de interpretações, como a teoria e a prática,
se acerra cada vez que as horas passam e não somam nada;
só poeira.
sábado, 20 de outubro de 2012
Ensaio sobre a atualidade.
Quantas vezes já ouvimos que a juventude muda o mundo pela
sua característica inquieta, transformadora, idealizadora e questionadora? Por
ser formadora de opinião, por vezes intrusa. Às vezes ainda, a água que racha o
concreto de uma sociedade. Não devemos então questionar sua força potencial,
pois já estudamos em história suas comprovações empíricas.
Ainda que saibamos da sua capacidade, quando visualizamos
nos tempos atuais tais características, não enxergamos. Vemos neblina,
contradição. Ora, cadê essa força escondida? Por que ela não aparece?
Podemos constatar tal fato em várias vertentes, inclusive na
política. Porém, não entrarei nesse mérito pois é opcional a escolha de cada
cidadão, portanto que haja coerência de opinião. Gostaria de chamar atenção
quanto a música. O que você acha sobre a música que se produz hoje em dia?
Quantas vezes já ouviu que a qualidade musical atual é ruim? Será que há
relação com características da sociedade atual?
Saudamos os anos 80 por toda sua qualidade musical, poder de
questionamento, de criação de opinião e de não aceitação com o que nos é posto
goela abaixo. Nessa época Renato Russo perguntava: ‘Que país é esse?’, Humberto
Gessinger também indagava: ‘Quem são eles? Quem eles pensam que são?’, entre
outros. Havia, nos jovens, paixão para mudar o que não concordavam. Havia uma
indução musical para isso. Haviam artistas, de fato.
Os jovens tinham poder e energia de sobra pra protestar.
Além dos motivos claros de um governo que tratava/trata com descaso tantas
coisas, só se estudava. Podia-se dar ao luxo de sair de casa, ir numa passeata
protestar, ou dizer nas músicas o que queriam dizer, pois não deviam favor à
ninguém e só dependiam de si próprio.
Hoje as músicas não dizem nada. Contam as histórias comuns
de qualquer um que sai do quarto e tem uma dor de cotovelo, ou se apaixonam.
Não satisfeito com tamanha mediocridade, há pior tipo: as músicas que induzem
as pessoas a serem vagabundas (no sentindo de desleixadas, não trabalhar, não
querer nada com nada), de transarem com todos sem o mínimo cuidado ou respeito,
enfim.
O reflexo se encontra na sociedade. Se encontra no que faz
sucesso, o funk, por exemplo. Ele e suas letras altamente nocivas. Não tenho
nada contra o funk, mas suas letras, em grande maioria, são nocivas e
medíocres, sim. Quantos jovens, adolescentes, se vêem hoje em dia com filho pra
criar? Quantos têm que ralar dobrado pra compensar tamanho desleixo passado?
Não é à toa que o funk hoje em dia é um sucesso. Não é à toa
sua defesa pela mídia, pelos tomadores de opinião. Não que não deva ser apoiado
por ser um movimento cultural, no qual é uma maneira de expressão de pessoas
mais humildes, mas pelo que ele REALMENTE INFLUENCIA.
Quando se percebeu a vantagem que o funk poderia trazer para
a sociedade, vista pela ótica dos poucos que tomam opinião, que não querem ser
perturbados, começou-se a valorizar o que até então era discriminado. O quão
questionador, revolucionário, como prefira, pode ser um cidadão que tem filho
pequeno pra criar, ou que mal tem tempo de descansar quando sai do trabalho?
A sociedade se torna cada vez mais fácil de se conduzir pela
ótica dos governantes. Os jovens que deveriam ser a força, não têm mais tal
força, por estarem sendo, cada vez mais, induzidos a terem mais
responsabilidades do que deveriam ter, proporcionalmente a sua idade.
Faz sentido, não faz? Pode parecer teoria da conspiração,
mas não se engane. De simples não há nada nesse emaranhado de artimanhas. Pelo
poder, vale tudo. Ao menos para eles. Afinal, que mal há se não enxergam o que
se passa? Fica assim, o dito pelo não dito e vida que segue. O abismo é logo
ali...
domingo, 7 de outubro de 2012
Lamento 50 vezes...
Hoje dormiram tranquilos, debruçados sobre um punhal.
Hoje acolheram grandes planos que não passam por eles.
Hoje houve resistência, que de tão pequena virou uma tendência.
Hoje se comprovou a amargura dos invejosos para com nosso brilho nos olhos.
Hoje se calou uma moda, que de tão pura foi atirada na lama.
Coisa insana que fizeram com nossas tardes sonhadoras.
Hoje me aprisionaram onde eu mais temia.
Hoje me fizeram bater palmas quando a vontade era de fugir.
Hoje foi a típica derrota que traz bons ventos a guerra que travamos.
Sinto o cheiro dos frutos no ar. Demore o quanto durar.
Hoje acolheram grandes planos que não passam por eles.
Hoje houve resistência, que de tão pequena virou uma tendência.
Hoje se comprovou a amargura dos invejosos para com nosso brilho nos olhos.
Hoje se calou uma moda, que de tão pura foi atirada na lama.
Coisa insana que fizeram com nossas tardes sonhadoras.
Hoje me aprisionaram onde eu mais temia.
Hoje me fizeram bater palmas quando a vontade era de fugir.
Hoje foi a típica derrota que traz bons ventos a guerra que travamos.
Sinto o cheiro dos frutos no ar. Demore o quanto durar.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Juventude indesejada
"Opinião de menina são como as nuvens.
Figuram no céu durante alguns dias e
logo se vão, do dia pra noite, como chuva de verão.
Opinião de menina são como os doces.
Enchem a barriga à primeira vista,
mas à segunda, inflam a fome.
Ventos de ventania, ventos de brisa.
Apenas ventos.
Brincam de palavras como quem brinca nos parques.
Jogam com os fantoches que as cercam,
numa busca incessante pelos elogios que julgam precisar.
Enganam, se enganam e constroem, tijolo por tijolo,
a carapaça de menina inseguramente fútil de que tanto buscam.
Vivem nos contos de fada buscando seus príncipes,
apesar de afirmarem só haver sapos. Mas, cadê a princesa?
Quem que acredita em sorrisos forçados de fotos?
Quem que acredita em mensagens impulsivas?
Quem que enxerga algum futuro pra isso?
Quem que vive algum presente nessa neblina?
Esbalda juventude quem assim age.
Esbalda juventude quem assim bate palmas.
Esbalda juventude quem nisso se apega.
Seu ego é sua queda."
Danilo R.
Figuram no céu durante alguns dias e
logo se vão, do dia pra noite, como chuva de verão.
Opinião de menina são como os doces.
Enchem a barriga à primeira vista,
mas à segunda, inflam a fome.
Ventos de ventania, ventos de brisa.
Apenas ventos.
Brincam de palavras como quem brinca nos parques.
Jogam com os fantoches que as cercam,
numa busca incessante pelos elogios que julgam precisar.
Enganam, se enganam e constroem, tijolo por tijolo,
a carapaça de menina inseguramente fútil de que tanto buscam.
Vivem nos contos de fada buscando seus príncipes,
apesar de afirmarem só haver sapos. Mas, cadê a princesa?
Quem que acredita em sorrisos forçados de fotos?
Quem que acredita em mensagens impulsivas?
Quem que enxerga algum futuro pra isso?
Quem que vive algum presente nessa neblina?
Esbalda juventude quem assim age.
Esbalda juventude quem assim bate palmas.
Esbalda juventude quem nisso se apega.
Seu ego é sua queda."
Danilo R.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Bonecas não sabem o que querem
Sempre atrasada; Oh, menina!
Eu não posso te esperar por semanas.
O sol não se atrasa pra despertar,
ainda que grande parte não esteja preparada.
Não caia nos contos do seu ciclo próximo;
não sufoques o que alimentaste em nós,
por mera vanglória dos demais.
Gritos sempre se ouvirão,
mas seu coração grita mais alto.
Seus olhos enfeitam o espetáculo da visão,
mas não os deixe te ofuscar.
Sorria-me como convite de menina,
me encantes com a segurança de mulher.
Eu te encontro se deixar-me te encontrar.
sábado, 11 de agosto de 2012
O amor é uma fuga!
O que é o amor pra você? Deixe-me melhor questioná-lo: o porquê do
amor?
Hoje estive ao lado de um amigo, Daniel Muzitano, confabulando
acerca das nossas dúvidas. Conseguimos formular frases, uma conclusão, mas
nenhuma solução.
Ainda sob o som do meu violão e do gritar das crianças que
enfeitavam o lugar, nossas dúvidas só poderiam nos levar a um lugar: o nada.
Não quero me pôr na altura nem me opor à tantos outros pensadores históricos,
mas, como eles, nossa conclusão foi decepcionante. A luz no fim do túnel é
preta, não branca. Não há nada.
Nossas falhas tentativas de teorias que mudassem nossa selvageria;
nosso instinto bicho que tantas vezes aflora e apenas enaltece as falhas de uma
sociedade esteticamente eficaz e correta. Bichos pensantes que somos, não
conseguimos chegar à uma explicação correta sobre o porquê de sermos assim; ou
à uma solução que nos rapte de tantas contradições.
Você deve estar se perguntando: mas onde entra o amor nessa
história? Pois bem. Nós, seres pensantes, não como todos os humanos, sempre
tentamos desvendar esses mistérios de nossa natureza. Até os mais filósofos de
nossa espécie sempre fracassaram e enalteceram algum vício para compensar
tamanha frustração. Seja a bebida, o fumo, o sexo...
O amor entra nessa história como lugar ideal para se abrigar em
meio ao emaranhado de dúvidas no qual estamos rodeados. O amor é uma fuga. O
amor é nossa fuga.
Há, decerto, aqueles os quais nada questionam e, portanto, não
sentem tal falta de concretude na vida, de fato. E, evidentemente, é o caminho
mais curto e prático para não se preocupar e apenas "viver". Pois
bem, nós que assim não somos, e que teimosa dúvida como fiel balança de
tentativa de conhecimento, não alcançamos nossas expectativas sobre a vida;
esbarramos sempre na dúvida ou na sua direção: o nada. Nada sabemos ao certo,
somente sabemos como nos consolar nessas condições. Esse consolo tem por nome
amor. Esse é o papel do amor: confortar nosso coração e mente, angustiados pela
falta de explicação; tornar o outro seu real objetivo, de forma a fazer com
que, agora, saibamos como nos postar, o que esperar. Agora temos nossa
concretude. O amor é a fuga dos pensadores descrentes, que acham em outra
pessoa uma forma de viver na qual se visualiza um real sentido à nossa
compreensão.
Muitos diriam coisas lindas do amor, querendo afastar sua
verdadeira essência e papel; tapando o sol com uma peneira, querendo, como no
caso acima explicitado, ser alguém com poucos questionamentos e, por
conseguinte, alguém muito mais despreocupado. Respeito esse método de viver,
afinal, a maioria é. Ainda que me preocupe...
Vivendo pelo amor, por alguém que julga amar, sua vida fará
sentido. Do contrário, qual é o sentido da vida? Muitos me diriam procriar.
Porém, julgo que se fosse apenas por isso, seria preciso muito menos tempo.
Outros poderiam me dizer que tal objetivo é ser feliz. Pois bem, o que é ser
feliz? Aliás, como ser verdadeiramente feliz, se não se visualiza solução para
essa falta de respostas?
Chego à uma única solução: fujamos! Ame, viva pelo
amor de quem julgue amar; é a única maneira de se sentir realmente realizado
nessa vida sem explicação.
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Proprietário Moderno
Minhas aulas eram nas ruas observando,
e elas se estendiam até o fim do mês.
Semblantes sinceramente debochados
por um tempo todo gasto com assuntos de tv.
Fatídico relatório.
Alusões rasas e exemplos de circo;
a multidão vai a loucura.
Por que me roubam a opinião?
A grande questão que não se questiona.
Hoje o verdadeira proprietário,
luta pra poder ter sua opinião.
Proprietário moderno; vive num mundo paralelo.
Como água e óleo, que se juntam mas não se misturam,
convivem tantos nas cidades desastres.
E se vivemos num mundo de propriedades,
por que não se preserva e aguça a principal delas?
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Desabafo lúcido.
Quero agir na sua fonte;
aonde você não ousa encarar.
Quebrar essa carapaça atual errônea,
que tantos açoita, que não protege e só vicia.
Não que eu não acredite em você;
apenas não confio em ninguém.
Você me entende?
Se você se ver livre, me diz,
que eu me livro quando contigo.
Do contrário, não me digas o que pensas.
De fútil já me basta a televisão e todos os seus discípulos,
compartilhando tendências fajutas
sem formar sequer razão.
Siga na contramão e me encontrarás,
mas não necessariamente me reconhecerás.
Estou vestido apenas para a convivência.
Somos camaleões, nos adaptamos;
mas essências não mudam.
Se você não compactuar,
se não quiser ser global,
já seremos dois e eles, menos um.
aonde você não ousa encarar.
Quebrar essa carapaça atual errônea,
que tantos açoita, que não protege e só vicia.
Não que eu não acredite em você;
apenas não confio em ninguém.
Você me entende?
Se você se ver livre, me diz,
que eu me livro quando contigo.
Do contrário, não me digas o que pensas.
De fútil já me basta a televisão e todos os seus discípulos,
compartilhando tendências fajutas
sem formar sequer razão.
Siga na contramão e me encontrarás,
mas não necessariamente me reconhecerás.
Estou vestido apenas para a convivência.
Somos camaleões, nos adaptamos;
mas essências não mudam.
Se você não compactuar,
se não quiser ser global,
já seremos dois e eles, menos um.
domingo, 27 de maio de 2012
Procura-se nome
Bem vindo ao clã dos homens.
A história não nos deixa fugir.
Perca seu tempo formulando teorias
E ensaie mais um de seus fracassos.
As montanhas estão ali; no mesmo lugar.
Fuja pra lá, se assim faça-o se encontrar.
Julgamentos não são necessários.
Afinal, também custo a acreditar...
Doutrinados desde cedo à uma lógica lógica;
Jogamos apenas com nossas hipóteses.
Meu corpo é um mero cobaia,
Que segue as rédias da minha interpretação.
Pisando sobre essa sociedade desconhecida,
Escorrego nas minhas falhas sensações.
A gente atira tantas flechas, e acerta tão poucas;
Me faz pensar; que ato burro de pensar.
Se meus olhos dessem lugar ao coração,
E com ele pudesse verdadeiramente enxergar,
Continuaria errante. Do contrário,
Não seria tão fácil persuadir a doce ingenuidadeterça-feira, 15 de maio de 2012
Morrer de fome
Minhas mãos estão feridas pelos dardos que atiro nas nuvens,
todo dia, pra ver se desfaço minhas ilusões.
Eu me rego desse banquete envenenado.
Me perco tentando desvendar a cor de um raio de sol,
que todo dia tento enxergar, só pra desfazer esse mito.
Eu me rego desse envenenado banquete .
Assim como os trabalhadores todo dia poderiam
escrever suas histórias em um livro,
essa história daria uma coleção.
Os mapas, as chuvas, as frentes se refizeram,
colapsando o meu mundo conhecido.
Eu mesmo, quase refiz a geografia.
Como um navegante que viaja meses, anos,
a terra firme me valia mais que ouro.
Certifiquei-me de ter, então, bases sólidas,
assim como meu pé sustenta meu corpo.
E andei...
Blefei comigo mesmo e por consequência,
cavei um lugar no cemitério que meu crânio abriga;
pras minhas paixões; pras minhas donzelas de ferro.
todo dia, pra ver se desfaço minhas ilusões.
Eu me rego desse banquete envenenado.
Me perco tentando desvendar a cor de um raio de sol,
que todo dia tento enxergar, só pra desfazer esse mito.
Eu me rego desse envenenado banquete .
Assim como os trabalhadores todo dia poderiam
escrever suas histórias em um livro,
essa história daria uma coleção.
Os mapas, as chuvas, as frentes se refizeram,
colapsando o meu mundo conhecido.
Eu mesmo, quase refiz a geografia.
Como um navegante que viaja meses, anos,
a terra firme me valia mais que ouro.
Certifiquei-me de ter, então, bases sólidas,
assim como meu pé sustenta meu corpo.
E andei...
Blefei comigo mesmo e por consequência,
cavei um lugar no cemitério que meu crânio abriga;
pras minhas paixões; pras minhas donzelas de ferro.
sábado, 7 de abril de 2012
Autonegligência
Ferem todo dia sua supremacia.
Invadem o labirinto da tua mente e
deixam vestígios no fundo dos teus olhos.
Você nunca se perguntou porquê se preocupa
mais com tua aparência do que com o que pensas?
Se ouvisses com que frequência reclamas
quando bons conselhos te tocam o ouvido...
De bom grado compartilhas as tendências e
por isso és a principal responsável por tua desimportância.
Quer dar assas à pedras e assim, continua batendo a cabeça.
Para e pensa, que você pode sair de mim.
Não enfeite apenas; use; reflita; se respeite.
Se nem sobre ti és soberana, como queres
demonstrar algo a alguém?
Seus argumentos ficam falhos, ralos e órfãos.
Invadem o labirinto da tua mente e
deixam vestígios no fundo dos teus olhos.
Você nunca se perguntou porquê se preocupa
mais com tua aparência do que com o que pensas?
Se ouvisses com que frequência reclamas
quando bons conselhos te tocam o ouvido...
De bom grado compartilhas as tendências e
por isso és a principal responsável por tua desimportância.
Quer dar assas à pedras e assim, continua batendo a cabeça.
Para e pensa, que você pode sair de mim.
Não enfeite apenas; use; reflita; se respeite.
Se nem sobre ti és soberana, como queres
demonstrar algo a alguém?
Seus argumentos ficam falhos, ralos e órfãos.
sexta-feira, 30 de março de 2012
O triste passado ainda presente.
A sua maturidade se chocou com a porta;
logo ela que havia sido tão exaltada.
Não suportando as adversidades da vida,
preferiu abrir do que sofrer uma ferida.
Se valendo do tempo e de suas conclusões,
como robô; começou a se pragmatizar.
Enxergava não mais que uma légua e
decidiu que longo, o prazo não poderia ser.
Hoje corre pelos campos floridos do seu quintal,
com sorrisos largos e olhos profundos;
mas sempre olha pra trás,
como quem soubesse que esquecera algo.
logo ela que havia sido tão exaltada.
Não suportando as adversidades da vida,
preferiu abrir do que sofrer uma ferida.
Se valendo do tempo e de suas conclusões,
como robô; começou a se pragmatizar.
Enxergava não mais que uma légua e
decidiu que longo, o prazo não poderia ser.
Hoje corre pelos campos floridos do seu quintal,
com sorrisos largos e olhos profundos;
mas sempre olha pra trás,
como quem soubesse que esquecera algo.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Encruzilhada humana
Um homem na estrada
se depara com seu destino.
E os ventos que por ele passam,
apontam tantas direções.
O barulho mais singelo,
de um graveto se partindo,
em meio a tantas informações,
altera completamente os conceitos.
E agora se caminha com os ouvidos.
Os olhos se confundem nos caminhos cruzados.
Uma trilha porosa se constrói,
juntando sentidos e intuição.
O homem na estrada
se depara com o passado...
Tantas curvas nos caminhos,
que em círculos fantasiosos se ilude.
Brincando de achar antigas idéias,
não se sai do lugar.
O homem perdido na estrada,
se depara com a dúvida...
O homem sozinho na estrada,
é um dependente semi-incapaz.
se depara com seu destino.
E os ventos que por ele passam,
apontam tantas direções.
O barulho mais singelo,
de um graveto se partindo,
em meio a tantas informações,
altera completamente os conceitos.
E agora se caminha com os ouvidos.
Os olhos se confundem nos caminhos cruzados.
Uma trilha porosa se constrói,
juntando sentidos e intuição.
O homem na estrada
se depara com o passado...
Tantas curvas nos caminhos,
que em círculos fantasiosos se ilude.
Brincando de achar antigas idéias,
não se sai do lugar.
O homem perdido na estrada,
se depara com a dúvida...
O homem sozinho na estrada,
é um dependente semi-incapaz.
sábado, 17 de março de 2012
Seguindo perdido nos novos caminhos.
À margem dos interesses atuais,
uma parcela de pessoas antenadas,
se sente perdida frente ao estouro
das novas burras modas.
Preferir preto e branco a tantas cores;
gostar de conteúdo além de apenas harmonia;
venerar músicos e não animadores de multidão;
mas que mal haveria?
Os avanços modernos se confundiram,
tornando sinônimo novo e fútil,
cegando de tal forma que
não haveria mais sentido pensar.
E nadando contra essas tendências,
estava eu e tantos outros.
Não cederíamos às pressões supérfluas e
lisas como hoje em dia os homens devem ser.
uma parcela de pessoas antenadas,
se sente perdida frente ao estouro
das novas burras modas.
Preferir preto e branco a tantas cores;
gostar de conteúdo além de apenas harmonia;
venerar músicos e não animadores de multidão;
mas que mal haveria?
Os avanços modernos se confundiram,
tornando sinônimo novo e fútil,
cegando de tal forma que
não haveria mais sentido pensar.
E nadando contra essas tendências,
estava eu e tantos outros.
Não cederíamos às pressões supérfluas e
lisas como hoje em dia os homens devem ser.
sábado, 10 de março de 2012
Fácil é assistir.
Tudo mudou, depois que fiz aquela escolha.
Descontruí sonhos alegres e alimentei minha ousadia.
Virei plebeu em terras ricas e
não sentava mais sobre as colunas do templo.
Um reino se abandonou. Você já fugiu do seu reino?
E mais difícil do que abdicar das regalias,
era prosseguir por dentre a neblina que encobria o futuro.
Você já atirou no escuro?
Assim é feita a vida.
Se as escolhas fossem fáceis, simples,
não haveria a variabilidade da vida,
do ser, do construir, do ter !
Descontruí sonhos alegres e alimentei minha ousadia.
Virei plebeu em terras ricas e
não sentava mais sobre as colunas do templo.
Um reino se abandonou. Você já fugiu do seu reino?
E mais difícil do que abdicar das regalias,
era prosseguir por dentre a neblina que encobria o futuro.
Você já atirou no escuro?
Assim é feita a vida.
Se as escolhas fossem fáceis, simples,
não haveria a variabilidade da vida,
do ser, do construir, do ter !
quinta-feira, 8 de março de 2012
Convite Lunar
Viu a lua que está no céu?
Ela olha pra mim e sorri como você.
Se destacando por dentre as estrelas,
mas, ao mesmo tempo, tão solitária.
Me parece tão distante...
Confesso que em meus sonhos ela já esteve,
tão linda e empolgante quanto hoje se apresenta.
E por dentre essas noites frias, eu tento alcança-la.
Ainda que por tantas vezes me pareça indiferente
quanto as viagens que pretendo com ela fazer.
E por dentre os vales das dúvidas,
te chamo pra rir comigo.
E com a espontaneidade que lhe é peculiar,
dance com minha música e deixe o resto pra lá.
Eu procuro te fazer protagonista, mas antes,
quebre seus preconceitos e me mostre interesse.
Ela olha pra mim e sorri como você.
Se destacando por dentre as estrelas,
mas, ao mesmo tempo, tão solitária.
Me parece tão distante...
Confesso que em meus sonhos ela já esteve,
tão linda e empolgante quanto hoje se apresenta.
E por dentre essas noites frias, eu tento alcança-la.
Ainda que por tantas vezes me pareça indiferente
quanto as viagens que pretendo com ela fazer.
E por dentre os vales das dúvidas,
te chamo pra rir comigo.
E com a espontaneidade que lhe é peculiar,
dance com minha música e deixe o resto pra lá.
Eu procuro te fazer protagonista, mas antes,
quebre seus preconceitos e me mostre interesse.
terça-feira, 6 de março de 2012
Vida de andarilho
Andarilho da vida, assim se vaga entre tantas pessoas.
Cada momento de certeza é tão forte quanto as palavras,
ao vento, que tantos não cansam de falar e nada dizer.
E essa vida circense, que me faz camuflar meus desprazeres;
que me atira por dentre os tigres e me ensina a doma-los;
supera-los; contorna-los, como preferir.
Na cidade lotada de corpos, se acha pessoas à dedo.
Ou melhor, com os tombos.
E nelas, com elas, se constrõem planos.
De estudo, uns de irmandade, já outros...
Ainda nessa reticências, eu vou jogando com o que sua feição me mostra.
Mesmo sem perceber, se afasta do seu casulo e,
abrindo a mente, mostrando os dentes, semeia suas próprias dúvidas.
Cada momento de certeza é tão forte quanto as palavras,
ao vento, que tantos não cansam de falar e nada dizer.
E essa vida circense, que me faz camuflar meus desprazeres;
que me atira por dentre os tigres e me ensina a doma-los;
supera-los; contorna-los, como preferir.
Na cidade lotada de corpos, se acha pessoas à dedo.
Ou melhor, com os tombos.
E nelas, com elas, se constrõem planos.
De estudo, uns de irmandade, já outros...
Ainda nessa reticências, eu vou jogando com o que sua feição me mostra.
Mesmo sem perceber, se afasta do seu casulo e,
abrindo a mente, mostrando os dentes, semeia suas próprias dúvidas.
quinta-feira, 1 de março de 2012
Contradições cariocas
Hoje é um dos aniversários do Rio,
que de tão importante e querido,
se felicita duas vezes no ano.
Ainda que não seja o meu Rio; o Rio de muitos.
Saldamos todo dia a beleza das praias,
o verde que enfeita as ruas e
o sorriso acolhedor em cada esquina.
Mas nesse mar que nos banha, nem tudo é um mar de rosas...
A felicidade de ser carioca é castigada,
dia a dia,
a cada dia de trabalho que bate no descaso,
das cabeças não pensantes que ditam regras.
E nos meus sonhos eu desejei,
que a beleza maravilhosa fosse correspondida
por medidas imaginárias que deixassem de sucumbir
o orgulho de ser carioca.
Querer é poder? Nós queremos, eles podem!
que de tão importante e querido,
se felicita duas vezes no ano.
Ainda que não seja o meu Rio; o Rio de muitos.
Saldamos todo dia a beleza das praias,
o verde que enfeita as ruas e
o sorriso acolhedor em cada esquina.
Mas nesse mar que nos banha, nem tudo é um mar de rosas...
A felicidade de ser carioca é castigada,
dia a dia,
a cada dia de trabalho que bate no descaso,
das cabeças não pensantes que ditam regras.
E nos meus sonhos eu desejei,
que a beleza maravilhosa fosse correspondida
por medidas imaginárias que deixassem de sucumbir
o orgulho de ser carioca.
Querer é poder? Nós queremos, eles podem!
domingo, 26 de fevereiro de 2012
O Consentimento do falso mudo.
A raiva é a bossa nova de outrora,
por ventura,
é a irmã mais nova do rock agora.
De surpresas injustas se compõe um alarde,
e a guitarra é a escuridão nos tempos selvagens.
Na oratória silenciosa dos personagens,
a parabólica faz da platéia órfã;
reprimindo a vontade do saber,
e elevando a cultura do não ter.
A política animal é um traço entre o silêncio e a ilusão;
Decifrando às entrelinhas da varanda, se rompe a muralha coletiva.
E o mais cômico:
aplaudem a própria morte, se fazendo dela sinônimo.
Por Danilo Rodriguez & Daniel Muzitano .
por ventura,
é a irmã mais nova do rock agora.
De surpresas injustas se compõe um alarde,
e a guitarra é a escuridão nos tempos selvagens.
Na oratória silenciosa dos personagens,
a parabólica faz da platéia órfã;
reprimindo a vontade do saber,
e elevando a cultura do não ter.
A política animal é um traço entre o silêncio e a ilusão;
Decifrando às entrelinhas da varanda, se rompe a muralha coletiva.
E o mais cômico:
aplaudem a própria morte, se fazendo dela sinônimo.
Por Danilo Rodriguez & Daniel Muzitano .
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Me erra!
Se eu fosse apenas uma lembrança,
você agiria igual?
Se eu fosse opaco você tentaria refletir
o que guarda à sete chaves?
Você me procura e acha numa passarela,
como quem quer algo; me erra!
Você troca de cidade e de terra,
como quisesse voltar no tempo; me erra!
Você pisa no chão mas não enxerga,
como quem clama uma queda; me erra!
E no mundo da fantasia brincam as três marias.
Mas aqui não é disneylândia, não!
E nessa idéia de desconversar,
de rir quando se quer chorar,
de justificar seu "paladar",
caem sobre seus próprios atos.
Errantes sorriem, com um medo peculiar
de não querer errar e se machucar,
enquanto vestem seus atestados de fraqueza.
E um arquipélago vai se formando,
enquanto as ilhas se perdem na história.
E se me ver na rua, não berra.
E se sonhar comigo, não gela.
Mas por favor, não esqueça:
Vê se, vê se me erra
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
O Destino da onda.
Ontem, algo no caminho.
Hoje, em dúvida sobre o destino.
Amanhã, refazendo teu sorriso.
Tentei me resumir em tempos.
E no esperar de cada hora contigo,
fiquei louco. Preferi não pensar.
E na sombra dos dias, fiquei observando.
Esperei teu chamar assim como as folhas
clamam um pouco de chuva pra se refrescar.
Me felicitei desde o princípio, mesmo sabendo
que um outro início poderia nem ocorrer.
Então me joguei ao vento.
Meus pensamentos por dentro das flores vagou,
e te confundindo com cada flor que via,
esqueci que você poderia ter espinhos,
tão fortes e doloridos quanto seu sólido e bobo orgulho.
Vou me ausentar e nas entrelinhas te chamar.
Abra a janela! Olhe o mar.
Aviste o horizonte mas, por favor, o alcance.
Pois eu sou onda. Já cheguei, já parti.
Já quebrei, já me formei, e estou procurando teu horizonte
pra dançar comigo, nessa maré que a amizade nos proporciona.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Num dia de tempo ensolarado...
Hoje eu me lembro bem, melhor do que ontem.Hoje pulo um carnaval, que não pularia com você; por você.
Hoje bebem a água, que eu deveria beber.Hoje te fazem sorrir, com os meus elogios furtados.
Mas isso passou; tudo passa.
Hoje eu lembrei o que ontem vivi,
O que pela porta dos fundos deixaste ir contigo.
Você viu só? O sol raiou para nós dois.
Sorri e nos mostra os caminhos.
Alguns claros, outros mais obscuros.
É dever da nossa percepção identifica-los.
É dever nosso!
Trilhas distintas, de sonhos distintos,
que eu espero, sinceramente,
que no convergir de ambas,
sejas tão feliz quanto eu sou:
com meu caderno, caneta e
sorriso no rosto, para os novos
rostos que virei a conhecer e me encantar.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
A Vela
" Branca, que cor haveria de ser...
Delicada e completa de sete tons.
Resgata-me na escuridão, quando a cidade parece adormecida,
os olhos fechados e, calado, me encontro a espreita do teu brilho.
Perdida em meio aos obstáculos, encoberta pelas superficialidades.
Teu cabelo queima como uma chama, me chamando pra dançar,
no frio da noite, no escuro dos dias, feito vela; te acendo todo dia.
Esbelta és tua forma de compartilhar, elegantemente, tal poder de iluminar, e encher meus olhos...
Guardada no melhor lugar, estás tu, oh vela, que continua queimando em silêncio.
Sinalizando minha direção, junto a teu encontro, tão premeditado, tão belo, tão esperançoso.
Expanda minha visão, perante o horizonte de sensações, que em teu corpo,
macio, delicado e quente me deito, toda noite, em pensamento.
Despeço-me te curtindo um pouco mais,quando fecho os olhos
e sorrio perante o preto, a geada, a ausência. ''
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