quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Viver a dualidade

Grades nos assolam. Grades morais. Piores que as físicas, pois coagem indiretamente. Essas que me deixam em dúvida acerca das nossas vantagens quanto aos demais animais, chamados de irracionais, mas que sob certo ponto de vista podem ser mais espertos que nós.

Os animais não ditam regras tão superficiais como as nossas. Não debocham. Não difamam. Não carregam essa nossa imprensa julgadora. Eles não discutem sobre o ocorrido.

Quantas vezes pensamos demais e por isso tropeçamos? Ou deixamos de alcançar nosso objetivo?
Disso que falo: da marginalização do nosso instinto.

Temos a vantagem de formar análises, raciocinar, e com isso, oprimimos nossos instintos. Não. Não são características excludentes. Buscamos no álcool, nas drogas etc algo que nos faça quebrar momentaneamente as grades que nos direcionam, para que, assim, possamos de fato fazer o que queremos.

Agora imagine os animais, tão pouco evoluídos, puramente instintivos, o quão limpa se encontra as consciências desses seres "inferiores"?

Acertar e errar se explica por uma coisa: o querer. Eis a melhor forma de meritocracia.

Sorte deles que podem agir dessa forma sem demais consequências. Ou, ao menos, consequências não previstas e assim, não sentidas ou pré-sofridas.