segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ferro enferruja. A Donzela, não.

Mais um dia de expectativas me rodeava. Motivo simples: show do Iron Maiden. Muitos consideram a melhor banda de Heavy Metal de todos os tempos ou uma das, e não é pra menos. Quase 40 anos de carreira, com muita música de qualidade, com letras vindas de temas principalmente históricos, vide o vocalista, Bruce Dickinson, ser historiador (além de aviador). O Iron iria fechar o Rock in Rio. O mesmo que em 2001 fizeram um show memorável, que gerou gravação de DVD e CD.
Como dito anteriormente, a expectativa era enorme e não foi em vão. Com um set list que remontava principalmente aos álbuns dos anos 80, tais como "The Number of the Beast" e "The Seventh Son", o Iron tacou fogo na galera, e em mim. A interação com o público, o Eddie, o show de pirotecnia e a interpretação de cada música pelo vocalista Bruce Dickinson, arrumado em cada uma delas a caráter, foram os ingredientes da mistura.
O Donzela de Ferro, diferentemente do ferro em si, parece não enferrujar. Quanto mais velha, melhor. Com mais emoção e sentimento nas suas lindíssimas melodias, levadas de guitarra, riffs, etc. O Iron Maiden consegue algo pouco comum no rock e, principalmente, no Heavy Metal: pra você gostar, curtir e ver quão longe suas letras, melodias e vozes são admiráveis, é preciso senti-las. E quando se sente a música da Donzela, na voz do mestre dos vocais, não há dúvidas de que está se vivendo um espetáculo.
Obrigado, Maiden, por mais um show inesquecível, meu segundo. Só posso desejar mais shows, mais álbuns e ter a certeza que até depois de velho, levarei suas canções, que viraram e virarão nossas, comigo e compartilharei com as gerações futuras. Por fim, UP THE IRONS.

domingo, 21 de julho de 2013

Economia e futebol

Futebol e economia são assuntos distintos, ainda que haja pontos de convergência entre esses, tais como a inflacionada dos últimos anos do mercado futebolístico. Todavia, aqui farei uma analogia entre os mesmos. Como brasileiro e tricolor que sou, a analogia consiste no time tricolor e na economia brasileira. Não entrarei nas especificidades da economia brasileira, até porquê não sou um estudioso da mesma para assim dissertar.

Pois bem, após o jogo de hoje entre Fluminense x Vasco, no qual o Fluminense perdera por 3x1, me chamou atenção um fato curioso que relacionava o time do Fluminense e a economia brasileira. O ponto de convergência consistia num erro crucial, no qual os engenheiros com suas visões sistêmicas pouco erram, que seria um erro na base/de base.

Um erro básico tricolor consistiria em montar um time com "medalhões" do meio pra frente, como Fred, Deco e cia, porém abdicar da mesma preocupação com o sistema defensivo. E por sistema defensivo leia dos volantes aos zagueiros. Com essa discrepância entre ataque e defesa, até que ponto é vantajoso jogar atacando, expondo seu "calcanhar de Aquiles" do que jogar no contra-ataque, como fora campeão jogando ano passado?

A analogia da economia brasileira se faz pois o Brasil tem os mesmos erros básicos. Nesse caso, o erro consiste na precária infraestrutura brasileira, que não comporta o que potencialmente poderia se demandar dela. O Brasil cresce, mas com o seu crescimento econômico, a defasagem econômica-serviços públicos prestados também cresce. A analogia consiste na mesma pergunta, até que ponto é vantajoso assim continuar?

Reformas básicas são necessárias nos dois casos. No caso do Fluminense, um investimento melhor canalizado para volantes, laterais, zagueiros e goleiro. No caso brasileiro, investimentos na infraestrutura com objetivo de diminuição de custos e de melhores serviços públicos prestados. Não vale mais crescer com os calcanhares de fora. Que se conserte prontamente nossas falhas, queremos de fato crescer. Queremos crescer BEM.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Decifrando mal-entendidos.

Me deparo a toda hora com discussões "sem pés, nem cabeças". Algumas vezes inclusive, ambos dizem a mesma coisa, de formas distintas, enquanto se xingam, menosprezam e tudo mais. Só consigo lembrar da velha professora de português do colégio, ratificando a importância da interpretação do texto, da fala.
Às vezes me pergunto se a culpa é da tecnologia que, por ser rápida demais, afasta a reflexão de sua vista. Ou são os dedos que, nervosos por divulgar de forma mais rápida e/ou incisiva o que acabara de ler, atropelam o próprio leitor. Ou ainda, por mais patético que venha a ser, a ânsia de ganhar mais curtidas no seu facebook. Entre outras...
Além dessas possíveis causas dos mal-entendidos, há uma enorme falta de vontade de compreender o que o outro quer dizer. O famoso "eu acho que ele quis dizer isso, mas não soube se expressar bem", as pessoas ignoram. Partem logo pra réplica, como se algo fosse formalizado em comentários de rede social (não descarto sua importância, pois são, muitas vezes, esses que criam nossas últimas opiniões).
Outro grave equívoco é a intransigência dos demais. A mente fechada, de opiniões já sacramentadas e indóceis as possíveis críticas, criam não só uma perda potencial de uma boa conclusão, como muitos conflitos desnecessários via xingamentos e tudo mais.
Não menos grave do que os pontos já explicitados, há um grave problema de questionamento. Logo que se lê algo, ou se escuta, sem nem mesmo tentar se pergunta o porquê daquilo fazer sentido pra ti, já se divulga e se passa uma opinião errada: ou da notícia, ou sua.
Se duvidar, questionar fosse ruim, o mundo seria inerte. Nada se muda, evolui, sem que se questione o porquê daquilo. A busca por respostas, que não precisa ser saciada logo de cara, é o que move o mundo, as pessoas.
A interpretação tem seu papel chave na resolução desses problemas. Seja visualizando a má expressão da pessoa, externando tal má expressão e facilitando a compreensão de ambos; seja interpretando o ponto de vista do outro e assim questionando-o, pois você pode não ter pensando naquilo e nada melhor do que perceber nossa falha e logo corrigir; ou seja interpretando cada avanço na disseminação de idéias dentro da conversa, aprimorando sua visão; se autoajudando, ajudando a quem você trocou informações e, indiretamente, aos demais que receberão tais idéias.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Entre "Bíblia e Diário."

Eu não sei quanto aos demais, mas eu vejo labirinto. E pior do que ver labirinto, é enxergar nele seu único destino plausível e assim, segui-lo. Ficar vulnerável e dar a cara a tapa.
É como pôr um fone de ouvido e continuar. No seu ritmo; com suas palavras; e com sua ciência.
E essa liberdade sentimentalmente imposta, que te acorrenta a consequente avalanche sofrível, enquanto persegue-se o labirinto, minimamente marcado com os ecos, ainda vivos e sonantes, de outrora.
És, além de ser o que queiras ser, anteriormente e necessariamente, um ator. Um ator que flutua do drama à comédia, para se lamentar e para se automotivar a prosseguir. Um ator que, se assim não fosse, morreria de náusea exilado na sua própria casa; em maior ou menor escala.
É ter a vontade de mudar a areia movediça que te cerca, mas não ter a certeza da força para, primeiro, se safar.

Mal comparando, é como o ensino nos tempos atuais: você aceita, mas não se convence.
E o diagnóstico tende a piorar; já me preparo.
Não quero ditar regras, mas quero buscar, pelas formas que puder, o direito de externa-las e tentar que façam sua cabeça.
Fazendo uma analogia com Millôr Fernandes, que outrora disse: "Toda uma biblioteca de Direito para melhorar quase nada os dez mandamentos"; é mais ou menos por aí. Quantas leis cotidianas existem e que são completamente fúteis, acéfalas ou que necessitam de reciclagem? Leis morais. Algumas que se dissolveram ou que regrediram. Eis mais uma das causas do labirinto intrinsecamente adotado por mim, adaptado a subsistência necessária para respirar nesses dias.







segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Dúvidas

Me apelidei de dúvida e assim me interroguei.
Confirmei as dúvidas que acreditava ter.
Se a jarra é linda mas não brilha e ofusca,
deveria lustrá-la como uma porcelana?

Entrei num rio caudaloso
cercado de diferentes opiniões.
E algumas dessas opiniões
rasgavam minhas explicações futuras.
Mas ainda assim, resolvi enfrenta-las.

Não podia amarrar meus olhos
nas ondas das tendências externas.
Ainda que o presente seja bonito e bem tratado,
não será a porcelana desejada.

Vou enfatizar meu barco
e seguir atravessando as turbulências.

As dúvidas consomem num primeiro momento.
Num segundo, confortam minha forte opinião.
Sem pressa sigo;
Queimando o pé e molhando os lábios.
À caminho do meu oasis.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Viver a dualidade

Grades nos assolam. Grades morais. Piores que as físicas, pois coagem indiretamente. Essas que me deixam em dúvida acerca das nossas vantagens quanto aos demais animais, chamados de irracionais, mas que sob certo ponto de vista podem ser mais espertos que nós.

Os animais não ditam regras tão superficiais como as nossas. Não debocham. Não difamam. Não carregam essa nossa imprensa julgadora. Eles não discutem sobre o ocorrido.

Quantas vezes pensamos demais e por isso tropeçamos? Ou deixamos de alcançar nosso objetivo?
Disso que falo: da marginalização do nosso instinto.

Temos a vantagem de formar análises, raciocinar, e com isso, oprimimos nossos instintos. Não. Não são características excludentes. Buscamos no álcool, nas drogas etc algo que nos faça quebrar momentaneamente as grades que nos direcionam, para que, assim, possamos de fato fazer o que queremos.

Agora imagine os animais, tão pouco evoluídos, puramente instintivos, o quão limpa se encontra as consciências desses seres "inferiores"?

Acertar e errar se explica por uma coisa: o querer. Eis a melhor forma de meritocracia.

Sorte deles que podem agir dessa forma sem demais consequências. Ou, ao menos, consequências não previstas e assim, não sentidas ou pré-sofridas.