Fortes são os que
resistem a rotina.
A cada gota de
esforço cego, rezo não mais aos deuses, mas aos plebeus.
Oasis não passam
de pequenas poças, que alimentam sonhos rasos, rasos...
A essência se
perde. Esvai-se. Como um selvagem animal criado em cativeiro.
Já eu, virei
cacto.
Minhas flores, antes
vivas e sorridentes, não passam agora de duros espinhos forjados pela
pragmática rotina.
E nesse movimento
de “sobrevivência”, já virei rota dos insetos.
Seco, sobrevivo
mais que vivo e espero que a migração dos pássaros por mim passe novamente.