sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A Vela


" Branca, que cor haveria de ser...
Delicada e completa de sete tons.
Resgata-me na escuridão, quando a cidade parece adormecida,
os olhos fechados e, calado, me encontro a espreita do teu brilho.
Perdida em meio aos obstáculos, encoberta pelas superficialidades.
Teu cabelo queima como uma chama, me chamando pra dançar,
no frio da noite, no escuro dos dias, feito vela; te acendo todo dia.
Esbelta és tua forma de compartilhar, elegantemente, tal poder de iluminar, e encher meus olhos...
Guardada no melhor lugar, estás tu, oh vela, que continua queimando em silêncio.
Sinalizando minha direção, junto a teu encontro, tão premeditado, tão belo, tão esperançoso.
Expanda minha visão, perante o horizonte de sensações, que em teu corpo,
macio, delicado e quente me deito, toda noite, em pensamento.
Despeço-me te curtindo um pouco mais,quando fecho os olhos
e sorrio perante o preto, a geada, a ausência. ''

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