segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Maquinista!

Os ruídos de fora quase sempre soarão
Como as notas desafinadas que as cordas trazem com elas.
Desse poço vezes saem algumas gotas.
Mas elas não molham. Não matam a sede.

As frases te prometem contos;
Mas os contos precisam de mais que três palavras bonitas.
E de parecer tão simples, instantâneo,
O fruto acaba por não amadurecer.

Ser refém de si mesmo, é ser livre.
E liberdade é a sobrevivência na selva.
No mundo dos egos, já basta o seu.
Queira, mas não precise.

Tranca o trem e siga, maquinista.
Ninguém escreve o livro se não o autor.
Tua sombra já é uma enorme e exigente platéia.

Os demais olhos não completarão o que não te faltas.

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